Sobre o SNBU 2010

Lá vou eu tecer considerações sobre o SNBU…

Se me pedirem para me resumir o congresso e o futuro da Biblioteconomia em uma palavra, ei-la: tecnologia. Aplicações gratuitas disponibilizadas pela Internet (leia-se blog, twitter, facebook, orkut, delicious etc. etc.) estão, de fato, sendo utilizadas pelas bibliotecas universitárias brasileiras e nesse SNBU acredito que possa afirmar sem medo de errar que foram apresentados os primeiros resultados acerca do uso dessas ferramentas, as primeiras experiências e usos. Isso sem falar no uso constante do twitter por congressistas e palestrantes, eliminando quaisquer fronteiras para que não esteve presente.

No próximo SNBU, que será em 2012 na cidade de Gramado – RS, acredito que veremos mais coisas do tipo como:

– aplicações das ferramentas mencionadas para aplicativos móveis;
– aquisições/tratamento… enfim, todo o processo documentário de e-books (que já é realidade em algumas instituições brasileiras);
– diante disso, será necessário adaptar ou (o que seria ideal, embora não goste da palavra) criar metodologias para avaliação daquelas ferramentas, questão que já vem me perturbando há um tempo no que tange ao estudo online de usuários/estudo de usuários online.

Diante disso, só se pode falar que a tecnologia exige que a Biblioteconomia se reinvente a cada dia, mas particularmente prefiro que a Biblioteconomia reinvente a tecnologia a seu favor, para que as ferramentas hoje utilizadas atendam, realmente, as necessidades dos usuários, e que não seja mero modismo. É um pouco clichê, mas vale a frase: a tecnologia deve ser utilizada como fim, e não como meio.

Considerações particulares sobre o evento (mais ou menos similares às do CBBD 2009):

– atrasos nos horários das apresentações dos trabalhos;

– os pôsteres ficaram em um lugar de pouca circulação;

– o horário do coffe-break foi um tanto “assustador” pelo comportamento das pessoas (afaste-se… abriram as portas das salas!);

– não sei se aconteceu com mais alguém, mais os anais que recebi não abrem o texto quando clico no título: tenho que caçar o texto na pasta, na unha, pelo número… organização da informação para quê? Absurdo, não é não?

6 comentários em “Sobre o SNBU 2010”

  1. Oi Edu!
    tudo bom?
    o pen drive da minha orientadora abriu normalmente, peguei vários textos para ler hehe

    mas eu tenho uma dúvida à parte.. vc sabe se esse anais recebeu ISBN?

    • Oi, Laura!

      Que eu saiba os anais não tem ISBN… pelo menos não encontrei a informação no pen-drive nem em catálogos.

      Abs,
      Eduardo.

  2. O SNBU (e eventos afins) poderia ser definido como o locus do paradoxo biblioteconômico! É verdade, muito de debateu sobre as TIC’s, mas convenhamos que essa é uma realidade de poucas BU’s, talvez uma uma boa parcela do sul e sudeste. Mas qualquer um que se “perdeu” entre os estandes, e aproveitou a chance de interagir com os colegas das regiões menos favorecidas, deve ter ouvido dizer muito mais de carências do que de modernidade… Então me peguei imaginando quais seriam os sentimentos desses colegas. Quem sabe, algo do tipo: tão longe de mim distante, que será, que será…

    • Olá, Nadia!

      Essa é uma questão que também penso às vezes e, por isso, concordo com você. De fato, falar de tecnologia e bibliotecas no Brasil ainda é uma realidade que, como em muitos outro setores do país, ainda é desigual. Por serem mais tradicionais que outros tipos, as bibliotecas universitárias brasileiras acabaram sendo pioneiras no uso das TICs. Confesso que seu comentário me faz até rever a “previsão” que fiz para o próximo SNBU, mas até lá muita coisa pode mudar.

      Obrigado pela visita ao blog!
      Eduardo.

  3. Muito valioso o comentário sobre o evento…não consegui comparecer mas procuro saber sobre o que rolou.
    Obrigada!!!

    • Olá, Adriana!

      Muito obrigado pelo comentário, bom saber que o blog vem sendo acompanhado!! Consulte o twitter do SNBU (http://www.twitter.com/snbu) para ver a mina de ouro que é! Você vai encontrar muitos outros comentários e slides de apresentações!

      Abs,
      Eduardo.

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