Curta, compartilhe, tweet e retweet, pois mais uma vez a classe bibliotecária teve sua imagem denegrida.
Não foi só pelo fato da Folha de S.Paulo de hoje ter noticiado que José Dirceu seria contratado “para cuidar da biblioteca” do escritório do advogado José Gerardo Gross. Não é só pelo fato de ter Gross ter anunciado “[…] preciso de alguém para organizar a biblioteca e se ele não der conta vou ter que arrumar outro que faça […]”. Isso tudo é muito ruim, claro. Como se não bastasse isso, há um tempo, mais ou menos quando foram decretadas as prisões dos mensaleiros, assisti a um noticiário que informou que Marcos Valério trabalharia na biblioteca da prisão.
O que mais me enoja é a diminuição da profissão, colocada como simples atividade para redução de pena ou como tomadores de contas de livros. Não culpo só a mídia pelo estereótipo dos livros, pois é assim que podemos chamá-lo, mas também aos bibliotecários, pois nesse caso a discussão fica restrita entre os profissionais, e particularmente considero isso muito pouco eficaz se quisermos virar o jogo e mudar nossa imagem. Somente com a participação na mídia, por comentários em portais de notícias, cartas aos jornais e revistas, enfim, toda atitude aquilo que dê visibilidade positiva à profissão é que poderemos alcançar o desejado reconhecimento social que nunca chega.
Em tom de desabafo e convocação, despeço-me, e àqueles que acham que escrever num blog para bibliotecários vai na contramão do que falei, pois parece que estou querendo me dirigir apenas aos profissionais, deve-se ter em mente que a Internet tem um poder de comunicação e disseminação muito mais rápido, mas nem por isso devemos de nos manifestar na mídia tradicional.
Por isso: Bibliotecário, uni-vos! E #foraDirceubibliotecário!