A ideia para este post surgiu da consulta da bibliografia no edital do ano passado para o Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UNESP, campus de Marília. Não cheguei a prestar em função de outra oportunidade profissional que surgiu na mesma época das provas: criar um MOOC sobre o Currículo Lattes. Se você ainda não conhece o curso e gostaria de obter mais informações, participar e indicar para amigos, acesse o site da Content Mind.
Pois bem, no edital constava a seguinte referência:
CASE, Donald O. Looking for information. 2. ed. Amsterdam: Elsevier; Academic Press, 2007.
E foi logo no início do livro, via Google Books, que encontrei os tais 10 mitos da informação, que tomam como base um estudo da Professora Brenda Dervin. Achei interessante e curioso e resolvi apresentá-los em 10 posts, seguido de comentário.
***
Então vamos ao primeiro!
***
1. Only “objective” information is valuable. People are rational beings who process data from the environment to analyze alternatives and make optimal decisions. Several problems plague this assumption, including our common tendency to rely on easily available sources of information such as our friends. For most tasks and decisions in life, people tend to settle to the first satisfactory solution to a problem, rather than the best solution.
Somente a informação “objetiva” é valiosa. Eis o que diz o mito 1. Este é um aspecto curioso, haja vista que diversos estudos de diferentes áreas apontam para esse tipo de comportamento humano, ou seja, de procurar pelo mais fácil, rápido, etc. E o mesmo mostra o mito 1 em relação à informação.
Tomar decisões é uma coisa feita a todo momento: o que vamos tomar no café da manhã, qual o melhor caminho para evitar trânsito até o trabalho, onde vamos almoçar, o que fazer depois do trabalho, etc. Para verificar a rota até o trabalho, por exemplo, hoje temos aplicativos de celular que indicam onde há menos trânsito, o que nem sempre pode ser a melhor solução, haja vista que um vizinho que vai na mesma direção pode nos dar outra rota ou indicar outra forma de localizá-la. O ser humano, em muitas situações, ainda é uma fonte valiosa de informação, sobretudo pelo valor de seu conhecimento tácito.
Portanto, nem sempre a primeira informação que obtemos, geralmente de modo rápido, é mais valiosa. Pode até solucionar o problema no momento, mas há que ser consistente para que possa ser reutilizada em outras situações. Por isso, é sempre bom procurar mais uma de uma fonte de informação e, sempre que possível, alguma pessoa para confirmar ou pedir mais informações, pois numa era em que enxergamos apenas o conhecimento explícito pelas telas de dispositivos eletrônicos, muitas vezes esquecemos do inestimável valor do conhecimento tácito dos seres humanos.