More information is always better. Yet too much leads to overload and thence to deliberate ignoring of inputs. “Having information” is not the same as “being informed”, so increasing the flow of information does not always result in an informed person. Typically there is not a problem getting enough information but rather with interpreting and understanding what information there is – an internal, rather than an external, locus of control.
O mito número 2 expõe que “Mais informação é sempre melhor”. No meu ponto de vista, existem duas palavras perigosas aí em se tratando de informação. A primeira é “mais”. A sabedoria popular fala (não é de hoje!), que tudo o que é em excesso faz mal, e para a informação sabe-se, mais do qualquer outra época da história, o mal que o excesso de informação faz. Nunca foi tão fácil consegui-la e tão fácil perdê-la, replicá-la, duplicá-la… que dirá desses efeitos em relação à desinformação, mas isso pode ser tema para outro post. A segunda palavra é “sempre”. Nada é para sempre. Basta ver o exemplo da Biblioteca de Alexandria: como toda e qualquer biblioteca, leva-se anos para se formar e minutos para se perder. Com a informação digital não é diferente, senão, pior, já que nenhum sistema pode ser considerado totalmente seguro, até mesmo para informação impressa. Ainda que possa ser recuperada parcialmente, caso danificada ou corrompida, a informação perdida nunca mais será a mesma da original. Filosofando: terá virado uma fonte secundária? Quem sabe…
Muito sabiamente este mito esclarece que “ter informação” não é o mesmo que “estar informado”, pois a informação, enquanto ativo intangível, tem seu valor atribuído a partir do uso que dela será feito. É o significado, a intenção que irá agregar valor à informação, pois cada usuário atribui a ela um valor, segundo sua necessidade. Basicamente, é aquela história: o que é importante para um pode não ser para outro. O que tem valor para um pode não ter para outro. E é por isso que o mito 2 afirma que o aumento do fluxo de informações nem sempre é proporcional ao número de pessoas informadas. Dependendo da situação, pode até ser o contrário!
No que se refere a obtenção de informação de informação “suficiente”, também é difícil definir “suficiente” neste Contexto: o quanto é suficiente? O que é suficiente? Quantidade ou qualidade? Difícil responder. Mais uma vez: vai da demanda, da necessidade e todo e qualquer fator interno e externo que interfira na decisão do usuário sobre o uso que fará da informação. A interpretação e a compreensão, sim, atribuem valor à informação, visto que a partir desse momento ela terá um sentido e poderá gerar conhecimento.
CASE, Donald O. Looking for information. 2. ed. Amsterdam: Elsevier; Academic Press, 2007.