Olá, leitores do Mundo Bibliotecário!
Este post aborda um assunto cada vez mais importante para as bibliotecas: captação de recursos. Essa ação é cada vez mais necessária para essa instituição desenvolver projetos que agreguem valor ao serviços e produtos oferecidos para os usuários.
Os tópicos abordados são:
- O que é captação de recursos?
- Como se preparar para captar recursos?
- Dois exemplos de captação de recursos para biblioteca
- Plataformas de crowdfunding: as novas “queridinhas” dos captadores de recursos
- As leis de incentivo à cultura
- Como funciona a captação de recursos com a iniciativa privada?
O que é captação de recursos?
A captação ou mobilização de recursos é definida pela Associação Brasileira de Captadores de Recursos (ABCR) como:
“Na teoria, a captação de recursos é o processo estruturado desenvolvido por uma organização para pedir as contribuições voluntárias de que ela precisa, sejam eles financeiros ou outros recursos, buscando as doações com indivíduos, empresas, governos, outras organizações e etc.
Na prática, captação de recursos significa ter uma equipe dedicada a pensar em ideias criativas para trazer as doações, a aproximar a organização da comunidade, a defender que ela seja o mais transparente possível e etc. Captar recursos é, principalmente, ter pessoas na organização que entendem que o trabalho delas é fundamental para conseguir os recursos tão importantes para que a ONG tenha impacto e seja transformadora na sua atuação, cumprindo integralmente a sua missão.”
Como se preparar para captar recursos?
Deve-se ter um projeto elaborado de acordo com as regras, normas e/ou diretrizes definidas em um edital ou lei de incentivo
A publicação Elaboração de Projetos Culturais, de Sonia Kavantan, esclarece que um projeto deve ter os seguintes elementos:
- Objetivos (podem ser gerais ou específicos)
- Justificativa
- Descrição técnica
- Público-alvo
- Cronograma
- Divulgação e mídia
- Orçamento
- Contrapartidas
- Anexos
Dois exemplos de captação de recursos para biblioteca
O Sistema Integrado de Bibliotecas da USP possui a Portaria GR nº 3314, de 26 de dezembro de 2001, que institui o Programa Parceiros das Bibliotecas da USP. Por meio dele, organizações externas podem apoiar as bibliotecas da universidade por meio da doação de recursos físicos e/ou financeiros.
Outro programa similar é o Programa Parceiros EESC, da Escola de Engenharia de São Carlos da USP. Por meio da Portaria nº 123/2015, estão previstas doações nos mesmos moldes da portaria acima, o que permite à biblioteca incrementar tanto seu espaço físico como seu acervo.
Plataformas de crowdfunding: as novas “queridinhas” dos captadores de recursos
Segundo a Wikipedia, o financiamento coletivo ou crowdfundidng é a
“obtenção de capital para iniciativas de interesse coletivo através da agregação de múltiplas fontes de financiamento, em geral pessoas físicas interessadas na iniciativa.”
Essa ação é realizada por meio de plataformas como:
Kickante
Kickstarter
Indiegogo
StartMeUp
Broota
Idea.me
Catarse
Benfeitoria
Vakinha
As leis de incentivo à cultura
A lei de incentivo à cultura mais conhecida no Brasil é a Lei Rouanet (Lei nº 7.505, de 2 de julho de 1986), que é uma legislação federal. Também podem existir leis de abrangência estadual e municipal baseadas, respectivamente, no ICMS e ISS/IPTU.
No Estado de São Paulo, por exemplo, existe o Programa de Ação Cultural (ProacSP – Incentivo à Cultura do Estado de São Paulo), instituído pela Lei nº 12.268, de 20 de fevereiro de 2006. Além disso, oferece o Proac Municípios como forma de incentivar a cultura nos municípios paulistas.
Você pode verificar quais leis existem no seu Estado ou Município acessando o site da respectiva Secretaria da Cultura ou por outro órgão responsável pela área cultural.
Como funciona a captação de recursos com a iniciativa privada?
Além disso, é possível captar recursos a partir da iniciativa privada. Para isso, é preciso verificar quais empresas apoiam/apoiaram projetos para bibliotecas, pois assim as chances de ter um projeto aprovado podem ser maiores.
Nesse contexto, é preciso ir além da elaboração do projeto: o bibliotecário necessita saber como contatar a empresa, como se portar na reunião de captação de recursos, o que fazer após a aprovação, como utilizar o dinheiro e como manter o patrocínio para projetos futuros.
Essas e outras dicas são apresentadas no Curso Básico de Captação de Recursos de Letícia Tórgo, que possui ampla experiência como gestora cultural nas iniciativas pública e privada.
Espero que após a leitura você tenha visto que a captação de recursos não é nenhum “bicho-de-sete-cabeças”: é apenas trabalhosa.
Se você conhece outra forma de captação de recursos, compartilhe nos comentários!
E se o post foi útil, compartilhe com o seu colega que precisa de recursos e não sabe por onde começar!
Bom dia!
Trabalho na cidade do Moreno. As duas bibliotecas da cidade estão fechadas. Estou no momento trabalhando na Secretária do Moreno.As duas uma das bibliotecas esta interditada. Como vocês poderia me ajudar
Olá, Heraclides.
A notícia apenas divulga formas de captação de recursos. Não prestamos nenhum tipo de consultoria.
Nossa sugestão é procurar o setor financeiro ou jurídico da sua cidade para saber como proceder.
Agradeço a visita,
Eduardo.
Obrigado por compartilhar!