RIO – Fechada no início de junho “por motivo de reorganização administrativa”, a Biblioteca do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) será reaberta na próxima quarta-feira, dia 22 de agosto, com mais quatro mil livros disponíveis para o público. Do total, dois mil foram doação do embaixador René Haguenauer. Outra boa notícia é que o acervo da videoteca foi integrado à biblioteca: a consulta pode ser feita no local, e o filme assistido na sala multimídia. Os equipamentos dos terminais de busca também foram trocados, e agora os visitantes têm 10 computadores disponíveis para pesquisa.
Com a reabertura da biblioteca, entra em cartaz em suas dependências a exposição “A Arte da escrita”, com obras de grandes nomes da literatura que já foram tema de projetos no CCBB do Rio. Catálogos e materiais referentes aos eventos também fazem parte da mostra, assim como objetos relacionados à escrita. Um dos destaques é o catálogo de Machado de Assis, “Tempo e Memória”, da exposição de abertura do Centro Cultural em outubro de 1989.
Aproveitando que a reabertura da biblioteca acontece no mês em que é comemorado o Dia do Estudante (11/08), as 200 primeiras pessoas que utilizarem a sala de estudos no dia 22 vão ser presenteadas com um livro. Entre os 20 títulos disponíveis estão os best-sellers “Depois de você”, da romacista Jojo Moyes; “Origem”, de Dan Brown; “Extraordinário”, de R. J. Palacio; e “Propósito”, de Sri Prem Baba; além de exemplares da série “As Crônicas de Gelo e Fogo” de George R. R. Martin.
Criada em 1931 e incorporada ao Centro Cultural Banco do Brasil em 1989, a Biblioteca do Banco do Brasil tem cerca de 150 mil exemplares, majoritariamente nas áreas artes, literatura e ciência sociais reabre na quarta. Em junho, ela precisou ser fechada, por tempo indeterminado, porque a empresa contratada para prestar serviços na biblioteca não estava conseguindo cumprir com suas obrigações, e foi preciso romper o contrato. Depois disso, foi iniciado o processo de licitação para contratação de uma outra prestadora de serviços, que contratou novos funcionários e reorganizou os postos de trabalho.
Outra novidade é que agora, as tarefas de higienização, conservação e restauração – antes desempenhadas por cinco higienizadores – passaram a ser feitas por 20 estudantes, supervisionados por três monitores, um técnico de conservação, um técnico de restauração, um coordenador técnico, uma coordenadora psicopedagoga, uma coordenadora administrativa e uma bibliotecária. O projeto tem parceria com a Associação Niteroiense dos Deficientes Físicos (Andef) e é exervido por pessoas com deficiência, como parte de um programa de inclusão social e inserção no mercado de trabalho. Serão feitas 1.850 higienizações por mês.