Revista Museologia e Patrimônio – Segunda edição de 2021
Novo número da publicação eletrônica lançada pelo MAST e UNIRIO apresenta conteúdos bem fundamentados e esclarecedores no âmbito da Museologia e dos estudos sobre Patrimônio
O Programa de Pós-Graduação em Museologia e Patrimônio (PPG-PGMUS), da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e do Museu de Astronomia e Ciências Afins (MAST), lança a segunda edição de 2021 da Revista Eletrônica Museologia e Patrimônio. Ainda no contexto de enfrentamento da maior crise sanitária mundial das últimas décadas, a Revista reforça e divulga o apoio, tanto à vacinação obrigatória para todos, como às ações de proteção para minimizar o impacto da pandemia. A nova edição eletrônica Vol. 14, Nº 2 (2021) está acessível pelo link http://
Com diversificados textos distribuídos pelas seções de Artigos, Relatos de Experiências e Resenhas, a revista propicia a ampliação e o avanço das pesquisas e o desenvolvimento do campo acadêmico no país. Destacam-se artigos sobre o levantamento da história dos aquários públicos localizados do Rio de Janeiro, um breve panorama sobre as pesquisas e ações de bibliotecários e pesquisadores no combate aos insetos bibliófagos, em especial no âmbito da Biblioteca Nacional, os resultados de um estudo de público voltado para a experiência de visitantes jovens adultos à exposição Gondwana: a Terra em Movimento, do Museu da Geodiversidade, e uma reflexão sobre a construção de uma personagem – Rui Barbosa – a partir da sua residência, transformada em museu, alguns anos após a sua morte.
Para celebrar os 15 anos de existência do PPG-PGMUS, há um artigo especial sobre os caminhos trilhados pela pós-graduação em Museologia no Brasil com o objetivo de consolidar essa disciplina no campo científico, a partir de uma investigação de caráter exploratório e descritivo. O estudo de caso da pesquisa é justamente o PPG-PMUS, onde a Museologia automaticamente se configura como heterogênea e, ainda, interdisciplinar.
Na seção Relatos de Experiência, o leitor encontra textos sobre as situações experienciadas por educadores que atuam em museus nos primeiros meses de pandemia de Covid-19 no Brasil, a análise do Museu Virtual que, até momento, reúne coleções de objetos do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e uma apresentação sobre a Feira do Patrimônio, evento que permite estabelecer conexões entre comunidades, universidades e demais instituições, com o objetivo de promover, valorizar e comunicar o Patrimônio Cultural.
Na seção Resenhas, Eduardo Cristiano Hass da Silva apresenta uma contribuição a partir de sua análise do livro Um Museu para todos: Manual para programas de acessibilidade, de autoria de Desireé Nobre Salasar e publicado em 2019 (versão eletrônica acessível pelo link http://repositorio.ufpel.edu.
A Revista Museologia e Patrimônio contribui para o aprofundamento, legitimação, valorização e divulgação de pesquisas na área de especialidade, e serve como referência para quem sempre busca os debates mais atualizados da Museologia e Patrimônio. A edição tem Marcus Granato e Diana Farjalla Correia Lima como Editores Científicos.
Resumo
O artigo apresenta um breve panorama sobre as pesquisas e ações de bibliotecários e pesquisadores no combate aos insetos bibliófagos. Desde a antiguidade, a preservação de documentos já era uma preocupação e muitos produtos e técnicas foram usados para a sua proteção. De soluções empíricas a pesquisas científicas, este campo do conhecimento se desenvolveu a partir do final do século XIX, envolvendo estudiosos europeus e americanos, que disseminaram suas pesquisas através de congressos e publicações técnicas. Muitas destas pesquisas influenciaram pesquisadores brasileiros que, em conjunto com profissionais da Biblioteca Nacional, adaptaram e aplicaram estes conhecimentos para combater os insetos, através de produtos e técnicas de desinfestação. Muitos pesticidas apareceram depois da década de 1940 como solução para o controle e combate aos insetos. Após anos de uso indiscriminado no meio rural e urbano, assim como em instituições culturais, estes produtos foram sendo abolidos de arquivos, bibliotecas e museus a partir da década de 1990. Com uma visão preservacionista de proteção aos usuários, ao meio ambiente e ao acervo, os pesticidas foram sendo substituídos por processos anóxios na Biblioteca Nacional, amparando suas escolhas no conhecimento científico e aproximando as áreas da entomologia, biblioteconomia e da preservação cultural.
Contribuição: Carlos Henrique Braz (Assessor de Imprensa do MAST)