Coleção será dividida entre biblioteca estatal e universidade
Quase cinco anos após a morte de Umberto Eco (1932-2016), seus herdeiros e o governo da Itália sacramentaram o destino de sua rica coleção de livros, que será dividida entre uma das principais bibliotecas estatais e a melhor universidade pública de grande porte do país.
O Tribunal de Contas italiano aprovou o acordo que prevê a aquisição da coleção de livros antigos de Eco pela Biblioteca Nacional Braidense, instituição do Estado em Milão e que reúne cerca de 1,5 milhão de exemplares, enquanto o catálogo de volumes modernos e o arquivo do escritor serão entregues em comodato para a Universidade de Bolonha por 90 anos.
A coleção de livros antigos de Umberto Eco inclui 1,2 mil volumes anteriores ao século 20, incluindo 36 incunábulos, obras impressas logo após a invenção da imprensa, na segunda metade do século 15.
“A Biblioteca Braidense está entusiasmada com o fato de a herança de Eco ser colocada ao lado de sua coleção de livros raros e está agradecida ao Estado pela aquisição”, disse James Bradburne, diretor da Pinacoteca de Brera, gestora da biblioteca.
Já a designação da Universidade de Bolonha como destino da coleção de livros modernos e do arquivo de Eco também é uma homenagem à sua história: o escritor foi professor emérito da instituição de ensino, eleita em 2020 como a melhor universidade pública da Itália com mais de 40 mil alunos.
Umberto Eco morreu em 19 de fevereiro de 2016, aos 84 anos de idade, como um dos maiores escritores e intelectuais da Itália. Entre seus maiores sucessos literários estão “O nome da rosa” (1980) e “O pêndulo de Foucault”, de 1988.
Disponível em: https://www.terra.com.br/diversao/arte-e-cultura/italia-define-destino-da-biblioteca-de-umberto-eco,d0a1b40488ba164d2f108a8e0dfeb14fqsv63efh.html. Acesso em: 2 fev. 2021.