Um projeto fascinante que ajuda a tentar compreender esta nova era em que vivemos

Em janeiro de 2008 a Biblioteca do Congresso americano decidiu disponibilizar 3 mil fotos históricas de seu acervo  no Flickr,  um ambiente popular de  colaboração, memória e troca de fotos da web em:

http://www.flickr.com/photos/library_of_congress  

Neste final de dezembro o número de fotos da coleção da Biblioteca do Congresso Americano  no Flickr já é de  4 mil, com cerca de mais de 10 milhões de visitas no periodo. A BC disponibilizou agora um Relatório contando esta experiência de tornar este seu material livre em um ambiente popular de colaboração eletrônica. 

É um  um projeto fascinante que ajuda a tentar compreender esta nova era digital de interação e publicação de uma memória cultural para uma grande audiência e de como os meios eletrônicos de comunicação e convivência humana estão se modificando. 

Agora dizemos vou entrar em um arquivo indicando a idéia de viagem e permanência no local da informação e esta possibilidade de ingresso mostra a circunstância da disponibilidade digital da memória ou da informação. Entrar em um arquivo de memória sozinho e com seus próprios passos é como trilhar um  labirinto desvendado pelo olhar compartilhado com tantos.

A colocação desta memória fotográfica no flickr gerou perto de 70 mil novas etiquetas (tags) entre os seus milhões de visitantes e muitas destas etiquetas jamais teriam sido pensadas para a classificação das fotos na Biblioteca do Congresso.

O relatório está em inglês e em PDF; livre para ser lido ou baixado para seu PC no endereço:

http://www.loc.gov/rr/print/flickr_pilot.html 

*************************************************

A mensagem acima, que recebi por e-mail, demonstra o potencial colaborativo da web 2.0. Esse fenômeno permite que os consumidores de conteúdos digitais também o produzam, fato que ocorreu com a página do Flickr criada pela Biblioteca do Congresso (Library of Congress).

O que me motivou a divulgar essa informação não foi a já conhecida participação dos usuários na elaboração daqueles conteúdos. Nem o modo de como os usuários podem (pelo menos, potencialmente) auxiliar os bibliotecários (nesse caso, inserindo tags nas fotos). O que realmente ocorre é que o trabalho do bibliotecário poderá tornar-se um pouco menos “obscuro”, por assim dizer. A iniciativa da Biblioteca demonstra que o fazer bibliotecário está muito além dos livros, contrariando o senso comum. Vai além, ainda, da catalogação, indexação, classificação. Com o passar dos anos, espera-se cada vez mais que os profissionais da informação atuem nos ambientes virtuais e façam uso de ferramentas da web 2.0. É uma excelente oportunidade para dar visiblidade à profissão, já que a mesma é cercada de um certo “mistério”. Talvez as regras, códigos e leis da biblioteconomia tornem-se flexíveis. E isso talvez de fato seja necessário, pois muitas pessoas produzindo diferentes informações em suportes variados exigirá um esforço árduo dos profissionais da informação a fim de organizar, na medida do possível, essas novas formas de conhecimento.

%d blogueiros gostam disto: